Risco para doenças cardiovasculares em motoristas do transporte coletivo urbano

Mariana Araújo Pena Bastos, JULIANA Ladeira Garbaccio, Júlia Sosa Antunes Cândido, Camila Vieira Sousa, Nathan Mendes Souza, Luis Antônio Batista Tonaco

Resumo


 

Objetivo: analisar as condições da saúde de motoristas de transporte coletivo urbano, especificamente para o risco de doenças cardiovasculares. Método: estudo transversal, realizado nas estações de ônibus de Belo Horizonte, com motoristas do transporte coletivo urbano. Testaram-se associações entre as variáveis “Doenças Cardiovasculares” e “Fatores de risco”, sendo dicotomizada em “maior risco/ menor risco”, maior risco para aqueles que já possuem doenças cardiovasculares. Utilizaram-se o teste Qui-quadrado, Fisher e Regressão. Resultados: participaram 324 motoristas, apresentaram menor risco para doenças cardiovasculares - bivariada (p< 0,05), motoristas mais jovens (79,8%), com menor tempo de serviço (78,5%), não utilizam medicação contínua (83,3%), não obesos (75,3%), se alongam durante o trabalho (86,1), não fumantes (77,6%) e não relatar estresse (89,6%); Regressão: trabalhar aos finais de semana e a partir de quatro folgas mês. Conclusão: estratégias que visam reduzir os hábitos comportamentais de risco dos condutores devem ser adotados no âmbito do sistema público e por parte das empresas, para que assim possam ser desenvolvidas ações integradas de promoção e prevenção à saúde.

        

Palavras-chave


Doenças cardiovasculares; Fatores de risco; Condução de veículo; Saúde do trabalhador.

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